Irmandade de Nª Srª do Rosário e S. Domingos de Gusmão (1882)

Estatutos da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário erecta na Igreja Conventual das Donas de Corpus Christi de Vila Nova de Gaya. 1882.

Fins – Capítulo I, Artº 2:

«Os fins d’esta Irmandade são promover a devoção do rosário de Maria Santíssima e prestar-lhe o devido culto, para maior glória de Deus e honra de sua Santíssima Mai, sufragar as almas dos seus confrades, exercer actos de beneficência e caridade logo que os seus rendimentos o permitiam, pela instituição de uma creche onde sejam recolhidos os filhos menores de cinco anos de pessoas que se dedicam ao trabalho, mediante uma pequena remuneração, creação d’um asylo para invalidos e um hospital para tratamento dos irmãos pobres e de escolas de ensino elementar para menores de ambos os sexos e finalmente a conservação e melhoramento do templo onde existe a irmandade, e do local que pelas senhoras religiosas lhe fôr destinando para guardar as alfais e paramentos que lhe pertençam.

Vila Nova de Gaya, 14 de Janeiro de 1882.

Existe outra versão, reformada, de 20 de Julho de 1913, por força da Lei de Separação

Corpus Christi

«O mosteiro de Corpus Christi de Vila Nova de Gaia. Arquitetura, pintura e escultura num espaço dominicano feminino (1675-1873)», por Luisa Fernanda Ferreira Rodrigues, Faculdade de Letras do Porto, 1998

Mosteiro de Corpus Christi

Entre Douro e Minho

Porto, 20 de Janeiro

No Mosteiro das Domínicas de Villa Nova, quis certa Religiosa matar a uma criada, natural do termo de Guimarães, e escapando da morte, se foi recolher no Mosteiro de Santa Clara, onde a foi seguindo o ódio da Religiosa inimiga, rogando a uma amiga, que nele tinha, lhe tirasse a vida: foi isto pressentido, e a Abadessa evitou o perigo, lançando a moça fora, e entrou no Mosteiro de Monchique, onde também chegou o empenho da sua inimiga, rogando a uma filha de Bento Ferreira Aranha, para que a matasse, o que fez com uma criada, afogando-a com uma toalha, de cuja morte se deu conta a Sua majestade.

in ANNO NOTICIOSO E HISTORICO 1742

De Luis Montez Mattoso, Transcrição e Notas de Maria Rosalina Delgado

Lisóptima Edições, Biblioteca Nacional, 1996, Lisboa